quinta-feira, 30 de abril de 2009

Foda-se. Deve ser o Sono.

Estou aqui prostado na frente do PC e sem saber o que escrever. Simplesmente eu não sei. É só. E ponto. Odeio essa hora da noite: a transição das dez horas até a uma da manhã. Eu sempre fico morgado e pensando. Nunca em coisas que me façam bem ou alegre. Fico pensando apenas em besteiras que eu não deveria pensar. Fico pensando, como de costume, no passado.

Porém, hoje, eu não vou dedicar um post para falar do passado. Não, o passado me faz mal. Um passado específico... De dois anos atrás. Ou seriam três?.. Tá, parei, falei que não ia falar do passado.

Hm, eu tô lendo um livro: Cabeça Tubarão. A história é complexa: tem um cara, que é atacado por um tubarão de palavras (literalmente de palavras), que 'come' as memórias dele. Basicamente. Esse livro é MUITO BOM pra quem gosta de ficção. Enfim, eu descobri que ler me acalma, e muito. Durante o dia eu estou menos preocupado. Mais de bem com a vida. Mais 'feliz' podemos dizer. Eu fico assim só porque eu estou em um mundo pararelo, estou em uma história. O psicológico da gente é mesmo incrível. Eu me iludo que estou vivendo uma coisa que eu gostaria de viver, e ele (o meu pensamento) diz pro meu corpo que tá tudo bem, tudo perfeito, diz pra mim que eu estou no mundo onde eu queria estar. Hm. Hm. Hm.

Mas que merda, eu sou um frouxo.

Eu queria mesmo ir morar longe dos humanos. Numa floresta, com os climas da Europa: outono, primavera, verão e inverno. Queria morar num chalé, na frente de um lago. Queria ter um montão de livros, desde dos de Schopenhauer, Kant, até os de ficção tipo Artemis Fowl, A Fórmula de Deus... Queria ter uma adega, com vinhos do porto, vinhos chilenos de trinta anos atrás... Eu queria ir morar longe dos humanos. Mas... Pensando bem não queria ir sozinho. Queria levar apenas uma pessoa comigo, pra ter a compahia dela durante a eternidade. Queria acordar e ver as cores do tomate das suas boxexas e os verdes discretos das suas pupilas todas as manhãs.

Queria nunca ter entrado pro primeiro ano no colégio que eu entrei.

Eu devia mandar tudo pra merda e fazer o que me desse na telha. Pensando bem, eu acho que é isso que eu vou fazer. Vou viver, pois essa vida nunca vai se repetir. E eu vou viver pois, eu nunca vou encontrar um tom de verde discreto do jeito que eu mais gosto de novo, em nenhuma outra vida. A perfeição a gente só encontra uma vez, apenas uma vez.

O amor é uma coisa do demônio. Post seguinte espero estar decepcionado com o amor, pois ai eu vou falar sobre ele. Tenho várias coisas a dizer sobre o amor. Várias, mesmo mesmo.


Taí o site do livro: http://cabecatubarao.com.br/

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Aquele Belo Sorriso.

Ela sorriu. Um sorriso sincero, amigável. Confortante: pronto, está ai uma boa palavra. Ela sorriu e suas boxexas ficaram vermelhas como tomate. Ela sorriu, e no exato momento veio uma certeza de que existia um Criador, independente de religião. E no exato momento, veio uma certeza de que existia a perfeição. Os olhos dela brilharam; aqueles belos olhos verdes. Um tom verde-claro, quase imperceptível. Tão imperceptível que para vê-lo, tem que chegar o mais perto possível. Ela sorriu. Foi um sorriso de felicidade, com a cabeça um pouco inclinada para o lado, fazendo cair o cabelo por cima do ombro. Foi um sorriso. Do passado, que agora está apenas na minha imaginação. E esse sorriso sempre me vem quando estou pensando, olhando a vida passar diante dos meus olhos. E quando eu me dou conta de que estou perdendo o tão precioso tempo, a lembrança do sorriso da menina das bochechas cor de tomate me dói, porque quando o tempo passa diante de mim, ele me mostra que esse sorriso é apenas um resquício da passado. Enfim, ele me mostra que esse sorriso é passado, e ele me mostra também que o futuro tem que ser moldado. E, consequentemente, ele me mostra que eu tenho que deixar de desejar o passado. Ele me lembra que eu que joguei o passado fora e o deixei aonde ele está. Eu quero esquecer o tal sorriso, mas o presente não me deixa. Ah mas que presente maldito.

sábado, 4 de abril de 2009

Exercicios e As Dúvidas Universais Sobre a Vida.

Viver, morrer. É simples; como a vida se mostra tão complicada sendo tão simples. Tenho uma rotina, podemos dizer, rigorosa. Acordo às cinco e meia, vou pra escola, e volto, geralmente às seis. Daí me exercito e vou estudar. Saio no final de semana, me divirto, tenho sensações humanas banais, e, de vez em quando, me pergunto: 'pra quê toda essa merda?'. Vejo as pessoas na rua, exercitando o seu viver, e fico imaginando, que todos eles vão passar, e vão deixar de fazer seu mais importante e camuflado ofício: o de viver. É engraçado: eu estudei durante dezessete anos, e vou estudar durante mais uns dez, sendo otimista, e nem sei se vou ter o tempo de usurfluir do meu estudo daqui a alguns anos. É engraçado. A vida é um investimento de longo prazo e de alto risco.
As pessoas se veêm felizes com alguém, e quando estão com esse alguém, não pensam na enorme quantidade de caminhos diferentes qe poderiam estar tomando, caminhos mais progressores. E, quando não estão mais com o certo alguém, as pessoas se veêm com uma horrível sensação de que o tempo que ele gastou, foi todo em vão, e de que ele não vai voltar mais.
O que eu mais odeio, é que no mundo capitalista de hoje, as pessoas só podem se ver felizes com dinheiro, porque é o dinheiro que manipula a vontade humana, por mais banal que seja. Não se pode ir simplesmente morar numa floresta, e ter uma vida apenas de subsistência e prazer, com uma pessoa de que você goste do seu lado. O mundo hoje está lotado, e, infelizmente, certas vezes você não pode mais ser vítima apenas do seu desejo, e sim do desejo coletivo; de uma forma simples, seu desejo depende do desejo alheio, porque não se tem mais ESPAÇO (sim, precisa ser maiúsculo) para depender do seu próprio desejo. Ponho a culpa na superlotação do mundo e na merda do 'babyboom' pós segunda guerra. Pra se ter uma idéia de como a vida sacaneia, eu queria ter nascido a 100 anos atrás, no mínimo. Mas, a 100 anos eu não teria o pensamento sobre a vida que eu tenho hoje, e, consequentemente, não teria os desejos que eu tenho hoje.
A vida é complicada, muito. Me imagino, às vezes, com 90 anos, apenas esperando a morte, e vivendo apenas do passado.
Do que tudo isso realmente é feito? De átomos, segundo o pensamento humano. Mas isso é segundo o pensamento humano, eu quero saber no pensamento 'universal', o verdadeiro pensamento que não pode ser discutido em uma reunião do conselho dos diabos a quatro da química.
O conhecimento é uma coisa maldita. Quando você aprende alguma coisa, surgem dez novas perguntas sobre aquela coisa, e mais dez novas perguntas sobre outra coisa qualquer. É dificil explicar esse tipo de pensamento por escrita, de fato. Só com muita calma que eu poderia explicar bem detalhadamente. Mas, eu não tenho calma. Lol.
Vou viver pelo meu desejo. De amar, de ter, de dar. De beber com os amigos e esquecer de todos os problemas; de ir ao cinema sozinho de vez em quando; de me formar na merda do curso de arquitetura, e ser um bom arquiteto. De constituir uma família, com uns trinta anos, e de chegar aos oitenta olhando para trás e dizer que tudo valeu a pena. De chegar aos oitenta morando numa casa num lugar onde não haja muita gente (desejo isso mesmo sabendo que dificilmente irá acontecer). Vou viver pelo desejo de viver tudo certinho (não no sentido literal da palavra, o errado, certas vezes, parece convenientemente certo), e, quem sabe um dia, finalmente encontrar todos os segredos da vida. Mas, porém, não vou desejar todos esses desejos mais que tudo, porque eu não quero me frustrar. São desejos a longo prazo, e esse tipo de desejo é um investimento de alto risco. Eu vou viver, e ir atrás do que eu realmente for querer. Que se foda se eu vou morrer aos 20 ou aos 100. Vou sempre crer que o dia de amanhã virá (mentira).

PS.1: nesse último parágrafo fui muito otimista. Não gosto de ser otimista assim. Prefiro a parte da barrinha que está entre o realismo e o pessimismo. Não confunda com negativismo. Só não apaguei o último paragrafo porque eu o escrevi, e seria um ato de hipocrisia apagar.
PS.2: tô sem pc, praticamente. Esse aqui que eu to usando é alugado, e tá com defeito. Pra ligar é um saco. Raramente ele liga. Vou demorar mais a postar.
PS.3: nem sei porque tô fazendo esses PS's, de uma certa forma eles devem ser pra mim.