Estou aqui prostado na frente do PC e sem saber o que escrever. Simplesmente eu não sei. É só. E ponto. Odeio essa hora da noite: a transição das dez horas até a uma da manhã. Eu sempre fico morgado e pensando. Nunca em coisas que me façam bem ou alegre. Fico pensando apenas em besteiras que eu não deveria pensar. Fico pensando, como de costume, no passado.
Porém, hoje, eu não vou dedicar um post para falar do passado. Não, o passado me faz mal. Um passado específico... De dois anos atrás. Ou seriam três?.. Tá, parei, falei que não ia falar do passado.
Hm, eu tô lendo um livro: Cabeça Tubarão. A história é complexa: tem um cara, que é atacado por um tubarão de palavras (literalmente de palavras), que 'come' as memórias dele. Basicamente. Esse livro é MUITO BOM pra quem gosta de ficção. Enfim, eu descobri que ler me acalma, e muito. Durante o dia eu estou menos preocupado. Mais de bem com a vida. Mais 'feliz' podemos dizer. Eu fico assim só porque eu estou em um mundo pararelo, estou em uma história. O psicológico da gente é mesmo incrível. Eu me iludo que estou vivendo uma coisa que eu gostaria de viver, e ele (o meu pensamento) diz pro meu corpo que tá tudo bem, tudo perfeito, diz pra mim que eu estou no mundo onde eu queria estar. Hm. Hm. Hm.
Mas que merda, eu sou um frouxo.
Eu queria mesmo ir morar longe dos humanos. Numa floresta, com os climas da Europa: outono, primavera, verão e inverno. Queria morar num chalé, na frente de um lago. Queria ter um montão de livros, desde dos de Schopenhauer, Kant, até os de ficção tipo Artemis Fowl, A Fórmula de Deus... Queria ter uma adega, com vinhos do porto, vinhos chilenos de trinta anos atrás... Eu queria ir morar longe dos humanos. Mas... Pensando bem não queria ir sozinho. Queria levar apenas uma pessoa comigo, pra ter a compahia dela durante a eternidade. Queria acordar e ver as cores do tomate das suas boxexas e os verdes discretos das suas pupilas todas as manhãs.
Queria nunca ter entrado pro primeiro ano no colégio que eu entrei.
Eu devia mandar tudo pra merda e fazer o que me desse na telha. Pensando bem, eu acho que é isso que eu vou fazer. Vou viver, pois essa vida nunca vai se repetir. E eu vou viver pois, eu nunca vou encontrar um tom de verde discreto do jeito que eu mais gosto de novo, em nenhuma outra vida. A perfeição a gente só encontra uma vez, apenas uma vez.
O amor é uma coisa do demônio. Post seguinte espero estar decepcionado com o amor, pois ai eu vou falar sobre ele. Tenho várias coisas a dizer sobre o amor. Várias, mesmo mesmo.
Taí o site do livro: http://cabecatubarao.com.br/
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3 comentários:
Deus do céu, Random.
Você tá revoltado? Então solta os cachorros, mesmo!
Curiosa para saber o que você acha do amor.
(:
Beijos.
Random, tem um selo "Lista de Desejos" pra você no meu blog.
Beijos :*
Oi, Iago!
você me pegou com o humor certo. Juro. Me sinto que nem você. Apenas a diferença: acho que nunca vou encontrar outro par de olhos tão escuros e de mãos tão precisas num piano. Mas isso deve ser bobagem minha. Acho que não amo - ou, pelo menos, quero pensar que não amo. Talvez sofra menos assim...
E eu recomendo a terapia do grito (de "O vendedor de sonhos e a recolução dos anônimos"). Quando a frustação, a angústia, o ódio te sufocarem, grite como se essa fosse a última coisa que voc~e pode fazer antes do mundo acabar. Nunca fiz isso, mas garanto que funciona. Nem me pergunte como cheguei à essa conclusão...
Beijos da Lu!
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